sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mitos do Charuto

Mitos do CharutoO universo do charuto é cheio de histórias, prazeres e mitos. Alguns deles são repetidos tantas vezes que acabam sendo aceitos por quem está começando a fumar.

Selecionamos os sete mitos mais comuns e temos a explicação para cada um deles.

Fora a forma como os charutos devem ser armazenados, não existem muitas regras à respeito de como se deve fumá-los. Em geral, não se traga um charuto como um cigarro.
 
"O prazer está no ritual"
Isto significa que a fumaça é presa na boca de modo que você possa identificar as distintas sensações que o mesmo proporciona. A não inalação do fumo do charuto é outro fator que derruba o mito da alta suscetibilidade de ocorrência de câncer ou enfisema pulmonar em seus usuários.



Mito 1 - O bom charuto é enrolado nas coxas das cubanas/baianas.

Este é o mito mais conhecido e citado por todos. Toda vez que estou conversando com um grupo de iniciantes, sempre vem alguém com esta frase. Para fazer um charuto é preciso de uma superfície plana e dura, de preferência uma madeira que permita o corte das folhas com a chaveta (instrumento usado no corte na linha de produção). O único momento que a folha entra em contato com a coxa da cubana/baiana é quando ela abre a folha que recebeu da plantação para efetuar a classificação das mesmas logo que o fumo chega à fábrica.


Mito 2 - Quanto mais escura a capa mais forte o charuto.
Outro mito que visualmente está certo. O fumo escuro é normalmente mais forte que o fumo claro, porém o que dá força ao charuto é o miolo, normalmente composto por 4 a 7 folhas. Se as folhas de miolo forem claras e a capa escura o charuto será suave. Se o miolo tiver folhas escuras e a capa for clara com certeza ele será muito mais forte. Na dúvida consulte o vendedor da tabacaria onde costuma comprar seus charutos.


Mito 3 - Molhar o charuto na bebida que está acompanhando a degustação.
Freqüentemente sou questionado se molhar o charuto no Cognac, Rum ou Vinho do Porto não é uma boa opção. Costumo dizer sempre que gosto não se discute, mas argumento que ao molhar o charuto no líquido estamos aumentando a quantidade de líquido na ponta do charuto (já temos nossa própria saliva). Isso faz com que a ponta comece a se fechar dificultando o fluxo e deixando o charuto mais forte. Existe ainda a possibilidade de literalmente entupir o charuto impossibilitando a continuidade da degustação.


Mito 4 - O charuto deve ser previamente aquecido antes de ser fumado.
Este é um mito que felizmente tem poucos seguidores. Algumas pessoas têm o costume de aquecer o charuto inteiro com a chama de um fósforo ou isqueiro com o objetivo de reduzir a umidade. Se o charuto estiver úmido demais a melhor opção é deixar ele fora do umidor. Ao aquecer um charuto com a chama o que pode acontecer é o contrário, deixar ele seco demais ou ainda queimar a folha de capa, portanto evite este procedimento.


Mito 5 - Charuto é coisa de milionários e grandes banqueiros.
Este é um mito que felizmente está acabando. Hoje é possível encontrar bons charutos nacionais por R$ 15,00 a unidade. Até mesmo os cubanos, sempre mais caros, têm algumas marcas e formatos mais em conta.


Mito 6 - Quanto mais fino e longo o charuto mais suave.
Muitos acreditam que quanto mais fino o charuto mais suave ele será. Normalmente os charutos mais finos são mais compactados na sua elaboração e por isto mais difíceis de puxar a fumaça. Charutos com diâmetro maior, em torno de 2 cm de diâmetro, como os formatos Corona Gorda e Robustos têm um fluxo muito mais fácil. O comprimento do charuto só está relacionado ao tempo que dispomos para fumá-lo.


Mito 7 - Perdi meus charutos, pois eles estão todos secos.
Charutos secos podem ser reumidificados se colocados no umidor a uma temperatura de 16oC a 18oC com umidade de 65% a 70%. Este processo pode ser feito sem nenhum problema uma vez. Caso isto torne a acontecer o procedimento é o mesmo, mas o sabor final pode ser alterado.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Origem do Tabaco

A Origem de Tudo

A origem do Tabaco
A origem do tabaco é fundamental para um produto Premium

 Para se elaborar um charuto é fundamental ter a melhor matéria prima disponível. Das diversas variedades de fumo utilizadas para a confecção de charutos e cigarrilhas apenas algumas regiões do mundo apresentam um clima e solo próprio para este tipo de plantio.

Grandes marcas
Em todo o mundo, nenhum charuto é mais vendido que o Monte Cristo. Seu formato mais conhecido é o Nº 2, de sabor acentuado e próprio para apreciadores. Surgiu da união de Alonso Menendez a José Garcia que criou a marca Particulares. Foi criado em 1935 para a venda no mercado exterior. Também é vendido nos formatos Nº 1 (lonsdale), Nº 2 (torpedo), Nº 3 (corona), Nº 4 (petit corona), Nº 5 (trés petit corona), além dos tubos (corona).
O puro mais famoso é o Cohiba, nome pelo qual os índios chamavam as folhas de tabaco. O charuto preferido do comandante Fidel Castro nasceu para ser presenteado por ele e por muito tempo foi conhecido como o "Embaixador Extraordinário" da ilha. De sua criação, em 1966, até 1982 não era comercializado, somente presenteado por Fidel Castro, daí parte da mística em torno do produto. Além disso, é um dos dois únicos que passa por três fermentações. É um dos mais caros da ilha e é considerado pelos plantadores como o mais seleto: suas folhas de tabaco são cultivadas exclusivamente em Vulta Abajo, na Província de Pinar Del Rio. Por causa da produção limitada é um puro muito disputado. A história da sua criação é peculiar: um segurança do comandante estava fumando um puro preparado por um amigo "torcedor" com aroma diferente, que chamou a atenção de Fidel Castro. Após provar o produto, o comandante quis conhecer o torcedor. Interessado em gerar empregos para as mulheres, o comandante mandou o torcedor ensinar o ofício a um grupo delas e inaugurou a fábrica do Cohiba. Seus principais tipos são o Coronas Especiales, Esplendidos, Lanceros, Robusto, Linea Siglo I, II, III, IV, V e VI.
Outro puro tradicional é o Montecristo. Criado em 1935 na fábrica de H. Upmann, também é feito das seletas folhas de tabaco cultivadas em Vuelta Abajo. Dizem que seu nome é inspirado no romance O Conde de Montecristo, de Alexandre Dumas, pois era a leitura preferida de um grupo de torcedores. Seus tipos mais conhecidos são Nº 1 ao Nº 5.

Como nasce um verdadeiro puro
Um dos motivos que torna os charutos cubanos os melhores do mundo é o microclima da ilha. As características do solo, da temperatura e do ar são extremamente particulares. Cada região de cultivo produz um tipo diferente de tabaco. A província de Pinar del Rio é a maior produtora de fumo, em especial na região de Vuelta Abajo, uma área de cerca de mil hectares onde encontra-se o subdistrito de San Luis e San Juan y Martínez. O banco de sementes do governo controla o estoque que é entregue pelas empresas produtoras e redistribui as sementes para que cada produtor tenha a exclusividade do tipo de fumo que cultiva. Do plantio das sementes à colheita das folhas de tabaco leva-se de 45 a 60 dias. A planta do tabaco mede entre 1 e 2 metros de altura.

Processo de produção
Um charuto é composto por três partes: miolo, capote e capa. Depois de colhidas, as folhas da planta são amarradas em maços e penduradas em suportes nas casas de tabaco para secar e amadurecer. Essas casas têm rigoroso controle de unidade e temperatura. Então, as folhas perdem volume e ficam mais espessas e amarronzadas. Os talos são separados das folhas para a fermentação. Durante a fermentação as folhas ficam em caixas agrupadas por maços e são movimentadas constantemente para que o processo seja homogêneo. Cada fermentação dura em torno de um mês. A fermentação elimina as impurezas, a nicotina e refina o sabor do fumo. Na primeira fermentação a temperatura atinge 42º.
Entre as fermentações, as folhas são separadas de acordo com a cor (entre castanho claro e marrom escuro), o formato, a espessura e a resistência. As folhas de tabaco destinadas aos charutos Cohiba e Montecristo passam por três fermentações, já as demais por duas. Os tabaqueiros elaboram os charutos manualmente. Preparam o miolo torcendo e agrupando as folhas. Depois, colocam em formas diferenciadas e prensam por uma hora. Cada profissional faz mais de 100 unidades por dia. O charuto recebe uma capa, também feita de folha de tabaco. Então o puro é cortado com uma faca curva chamada chaveta. Uma das pontas é selada com uma goma vegetal incolor e inodora. Depois ele é guilhotinado de acordo com seu tipo. É enviado a um rigoroso controle de qualidade manual que verifica tamanho e espessura. Para harmonizar os aromas da capa e do miolo, os charutos descansam em caixas de um tipo de madeira que não transmite odores por cerca de quatro semanas. Então são separados de acordo com suas matizes para que cada caixa tenha as mesmas cores. Em cada charuto é colocado um anel de identificação.

Cuba
O tabaco cubano é conhecido como um dos melhores do mundo. A melhor região de plantio fica em Vuelta Abajo, parte do município de Pinar del Rio na parte oeste da ilha. Em geral o tabaco cubano é forte e tem gosto acentuado. As variedades mais conhecidas são a Criollo e a Corojo.
República Dominicana
A qualidade e variedade do tabaco produzido na República Dominicana melhorou consideravelmente nos últimos 20 anos. As regiões de plantio ficam próximas da cidade de Santiago onde estão os maiores fabricantes do país. A maioria do tabaco dominicano foi obtida com variedades cubanas, apesar disto ele não é tão forte, é mais complexo em sabor e pode ser utilizado para a criação de diversos tipos de blends.
Brasil
Os tabacos brasileiros provêm da Bahia, mais especificamente da região conhecida como Recôncavo Baiano. Nesta região predominam as variedades Mata Fina e Mata Norte. Bastante suave o tabaco é extremamente aromático próprio para quem está iniciando no prazer de degustar um charuto.
Equador
O Equador produz um tabaco de excelente qualidade, tanto para o miolo como para a capa do charuto. As variedades mais comuns são Connecticut e Sumatra. Nos dois casos o tabaco é mais suave do que os plantados em sua região original.
México
O vale de San Andrés é famoso mundialmente por sua variedade de tabaco Sumatra. As folhas mexicanas são utilizadas na sua maioria como miolo e capote dos charutos produzidos em outros países. Os produtores mexicanos utilizam 100% do tabaco mexicano na produção de seus charutos.



Estados Unidos
A maior plantação está localizada em Connecticut no vale que leva o mesmo nome e produz uma das melhores folhas de capa do mundo. A variedade Connecticut com sua elasticidade e cor marrom-amarelada é utilizada na confecção de alguns dos melhores charutos do mundo.
Camarões
Esta área no oeste da África e conhecida pela alta qualidade de suas folhas de capa. Nos últimos anos a produção sofreu com as condições climáticas adversas. A variedade Cameron é originaria da variedade Sumatra importada da Indonésia.
Indonésia
A variedade Sumatra provem das diversas ilhas que compõem o arquipélago da Indonésia. O tabaco normalmente conhecido como Java ou Sumatra produz folhas de capa com uma cor marrom intenso e tem sabores neutros. Suas folhas normalmente são utilizadas para confecção de charutos pequenos.  
Por: Cesar Adames

A História do Charuto

O Inicio da História do Charuto

Estudiosos sobre charutos afirmam que sua origem data dos tempos anteriores à chegada de Cristóvão Colombo à ilha de Cuba, quando da descoberta da América, mais especificamente na baía de Bariay, ao norte da província cubana de Holguin. Não é possível precisar desde quando, mas os índios que Colombo encontrou já fumavam folhas de tabaco, ou fumo, entrelaçadas pois o tabaco já fazia parte de sua cultura e mitologia, sendo constantes em seus rutiais de magia e festividades.

 Os experts mais ousados afirmam que os índios daquela região do Caribe, os Tainos, já fumavam as folhas de tabaco entrelaçadas há mais de 2 mil anos, tendo absorvido o costume dos Maias, da América Central.
Colombo, por necessidade imposta pela nova descoberta, enviou dois batedores ao interior de uma das ilhas rescém descobertas, hoje Cuba, a fim de encontrarem ouro. Os batedores eram Rodrigo de Jerez e Luis de Torres que, ao invés de ouro, encontraram dentre os índios a prática de fumar as folhas largas de uma planta, o tabaco. Os homens de Colombo experimentaram, apreciaram e se tornaram, na verdade, os primeiros europeus a fumarem, digamos, o que hoje conhecemos
como charutos. Rodrigo de Jerez levou folhas de fumo para sua cidade natal na Espanha, Ayamonte, onde as apresentou a parentes e amigos, porém, curiosamente, ao acender um charuto perto de sua casa e soltando fumaça pela boca, foi acusado de estar possuído pelo demônio, afinal, estavam no século XV, e Jerez foi julgado culpado pela heresia, condenado e enviado à prisão pelo tribunal da Inquisição.
 

Os índios chamavam esses primitivos charutos de Cohiba; hoje o nome de uma das marcas mais respeitadas de charutos em todo o mundo e, provavelmente, a mais cara.
Em 1586 o Rei Felipe II da Espanha ordenou que as folhas de tabaco fossem queimadas por serem prejudiciais ao corpo e ao espírito e por contrariarem regras da cristandade empostas pela Igreja e controladas pela Inquisição; porém, estudos indicam que a Nicotiana Tabacum - nome científico da planta que produz as folhas de fumo ou tabaco que são utilizados na fabricação dos charutos - já era cultivada, sabida ou clandestinamente, por espanhóis residentes na ilha de Cuba desde os anos de 1520.
A perseguição à prática de fumar tabaco não se restringiu somente à Espanha. Em 1590 o xá persa Abbas-Sofi condenava à morte qualquer pessoa que fosse pega fumando folhas de tabaco. No Japão do século XVII, o shogun Tokugawa condenava a 50 dias de trabalhos forçados os fumantes de tabaco. Na Turquia, também no século XVII, os fumantes tinham os orelhas e as narinas arrancadas por castigo por fumarem tabaco e, na Rússia do mesmo século, por ordem do Tzar, os fumantes eram castigados sendo enviados à Sibéria para trabalhos forçados ou, até mesmo condenados à pena de morte.
A história passou a favorecer aos fumantes de tabaco, na Europa, quando, em 1626, um cientista alemão de nome Johan Neander publicou um estudo sobre os efeitos terapêuticos do tabaco, fazendo uma apologia à sua utilização para a cura de diversos males. Durante esse período de desenvolvimento da tecnologia de cultivo do tabaco, especialistas já avaliavam o solo e o clima de Cuba como fatores determinantes da inigualável qualidade das folhas de fumo produzidas na Ilha caribenha e, havendo interesse no aumento da produção local em Cuba, deu-se início à alocação de mão-de-obra escrava vinda da África, neste caso, tanto para a produção do tabaco como para plantio da cana-de-açúcar.
Já em 1862 haviam, somente em Cuba, 1302 tabacarias, sendo que a primeira fábrica completa de charutos fora inaugurada em 1810, em Havana, e ao final do século XIX já se contavam 120 fábricas de charutos em Cuba, afora as fábricas de charutos nos outros países caribenhos, Brasil e no sul da Flórida (EUA), onde exilados cubanos da Guerra de Independência de Cuba contra a Espanha trasladaram sementes de plantas de fumo para a região do extremo sul do país e lá cultivaram a planta e produziram, e ainda hoje produzem, charutos de qualidade.
Ao longo do século XX a produção de charutos expandiu-se a lugares como Filipinas, Ilhas Canárias, México, Costa Rica, Camarões, Indonésia e até mesmo no estado norte americano de Connecticut. Muitos dos charutos produzidos nestas regiões são de boa qualidade, porém os charutos cubanos, ou “havanas”, continuam insuperáveis na opinião de boa parte dos especialistas e apreciadores, não somente pela tradição histórica envolvida, mas também pela real qualidade e esmero em sua produção, desde a escolha das semantes às embalagens em caixas adequadas. A palavra “Havana” é sinônimo de charuto de alta qualidade.
Aos degustadores de charutos recomenda-se também experimentarem tabacos provenientes de diversas regiões, ou Países, a fim poder haver parâmetro de comparação e para que cada degustador tire suas próprias conclusões e defina os charutos que mais lhe agrade, sentiredo a experiência da migração da arte da produção de charutos de qualidade e os resultados finais produzidos na forma dos mais diversos paladares e características.
Ilustres degustadores contemporâneos de charuto, como Samuel Clemens (Mark Twain) e Sir Charles Wiston Churchill (foto), Primeiro Ministro Britânico durante a segunda guerra mundial, tinham sua imagem associada ao fato de sempre estarem com um charuto à mão por ocasião de uma fotografia que, por sua vez, girava o mundo. Churchill aprendera a fumar “puros” quando no final do século XIX , como jornalisa, cobriu a guerra de independência de Cuba contra a Espanha. Os charutos fumados por Chirchill, de formato e tamanho específicos, deram origem a um tipo de charuto batizado em sua homenagem: Los Churchills.
A divulgação da arte de apreciar charuto proporcionada pela midia mundial e pela aparição de grandes astros e estrelas de renome degustando seus charutos e criando uma aura de glamour e sofisticação, tornou a degustação de charuto uma arte e um objeto de estudo, além de um excelente negócio para empresas produtoras e os proprietários de famosas tabacarias e marcas de charutos de todo o mundo, reunindo verdadeiras confrarias de degustadores, colecionadores e estudiosos.
Somente Cuba pretende produzir, no ano 2000, um total de 200 milhões de charutos para exportação. Vale informar que hoje em dia, os charutos cubanos não podem ser vendidos ou sequer fumados em território norte americano, tendo em vista o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba imposto no início dos anos 60, uma herança da Guerra Fria. Vender, transportar ou fumar charutos cubanos nos Estados Unidos importa ao infrator em multa de 20 mil Dólares e cadeia; Existe inclusive o receio que com a visita do Papa João Paulo II a Cuba e a flexibilização das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Ilha de Fidel Castro, o embargo possa ser parcialmente suspenso, neste caso, se os charutos cubanos passarem a ser liberados para a venda nos Estados Unidos, teme-se uma escassês mundial dos “havana” e um aumento expressivo dos preços, uma vez que os Estados Unidos poderão absorver boa parte da produção cubana, haja vista o imenso mercado represado que lá existe.
 

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A Lenda

Um charuto é um produto orgânico constituído de um rolo alongado de folhas de tabaco envolto por uma folha interiça. Reza a lenda que, em alguns casos, os charutos são enrolados nas coxas de belíssimas jovens.

Moças humildes em uma fábrica de charutos… coxas fortes

A palavra charuto remete seus apreciadores a muito além do que a breve definição pode representar. O charuto é um ingrediente que agrega charme, personalidade, estilo e prazer ao seu portador.

Os fãs se reúnem em clubes como o excelente Cigar Club ou a Confraria CJUB (Charutos, Jazz, Uísque e Bossa).


 
Sinta o estilo


Fumar um charuto é um hábito que não passa despercebido, aonde quer que você vá. Posso assegurar que é impressionante o frisson que a atitude de circular em um evento com um charuto na boca pode causar nas mulheres.

No cinema, os personagens que fumam charuto não se relegam a papéis coadjuvantes na trama. Eles tendem a ser homens corajosos que enfrentam perigos e tomam decisões sérias. Não preciso lembrar que Winston Churchill fumava um charuto atrás do outro, acompanhado de um bom Whisky escocês, antes de tomar decisões que mudariam a história do mundo.

Pacino em Scarface

Entretanto, se para os homens o charuto representa masculinidade, para as mulheres ele representa sensualidade. Elas decidiram nos provar que fumar charutos não é uma atividade meramente masculina.

Não só no Brasil, mas em praticamente todos os lugares do mundo, mulheres criam clubes exclusivamente femininos de apreciadoras de charutos. Se você ainda não dá crédito a elas, dê uma olhada nessa entrevista de Manuela Romeralo, a “Dama do Charuto. Cá entre nós, uma mulher com um charuto na boca é uma visão muito sexy.

O que você sabe fazer com essa boquinha?

Não confunda A com B
Os charutos não foram feitos para satisfazer o vício do tabaco. Constituem um prazer para os olhos, para o nariz, para o paladar e para o tato. Fumar um charuto deve ser sempre um prazer. Mas para que você possa entender o porquê dessa iguaria causar tanto fascínio entre os homens, é preciso que você aprenda a apreciá-lo.


Os cuidados

Fora a forma como os charutos devem ser armazenados, não existem muitas regras à respeito de como se deve fumá-los. Em geral, não se traga um charuto como um cigarro.

O prazer está no ritual
Isto significa que a fumaça é presa na boca de modo que você possa identificar as distintas sensações que o mesmo proporciona. A não inalação do fumo do charuto é outro fator que derruba o mito da alta suscetibilidade de ocorrência de câncer ou enfisema pulmonar em seus usuários.

Observe a textura
Diversos fatores resultam na degustação perfeita de um charuto, desde a escolha do tipo adequado até o acompanhamento: um bom vinho, um conhaque etc. No entanto, alguns fatores são fundamentais para que o ritual da degustação seja ideal, como o armazenamento, o corte, e a maneira de acendê-lo.
Os charutos mais famosos são os provenientes da “isla bonita” de Cuba. Nomes como Cohiba, Partagás, Montecristo,Trinidad, Romeo y Julieta são ícones em todo o mundo. A ótima reputação é resultado de uma série de cuidados durante a sua produção.

Um cubano legítimo em toda sua glória
Os Havanos são feitos a mão, um por um. Profissionais cuidam, por exemplo, para que todas as unidades de uma caixa (geralmente 25) tenham a mesma cor e para que os anéis com a marca estejam alinhados.
Os Havanos devem ser conservados entre 16 e 18 graus Celsius com umidade entre 65% e e 70% para que não desidratem. Caso contrário se tornam quebradiços e secos, podendo até mesmo ter a capa rompida quando acesos.
Logo, para acondicioná-los corretamente existem uma série de umidores, caixas especiais, armários e outros produtos especiais para acondicionar corretamente seu charuto.

 

O corte

O corte depende de preferência pessoal do apreciador e do formato do charuto. Na maioria das vezes a ponta do charuto é fechada e para que o fluxo de fumaça possa transcorrer corretamente para o interior da sua boca, o corte do bico deve ser bastante reto e preciso.
A extremidade que será acesa é a oposta à da ponta cortada. Caso você não possua um cortador específico, não hesite em pedir para sua namorada arrancar o bico com a boca. Essa é outra cena pra lá de excitante.

 

Acendendo seu charuto

Finalmente, para acender o charuto você deve utilizar preferencialmente fósforos de madeira ou isqueiros do tipo maçarico. Também há cargas de isqueiros específicas para o acendimento do charuto. Quando em contato com a chama, você deve lentamente girar o charuto na mão para que ele seja aceso uniformemente ao longo de todo o seu raio.
O acendimento assimétrico do Havano não só queimará irregularmente as folhas, estragando o charuto, como também fará com que a fumaça chegue prejudicada ao interior de sua boca.
Fumar um charuto é um grande prazer. Descobrir seus aromas e sabores, se perder na fumaça após cada baforada. Tudo nos leva a momentos de reflexão e aproveitamento. É mais um utensílio que, ao lado de seu Whisky, pode levá-lo a terrenos inexplorados onde irá desfrutar de paz, tranqüilidade e relaxamento, deixando de lado o caos da rotina nas grandes cidades.